História do Concelho de Mora

As terras do Concelho de Mora foram doadas à Ordem de São Bento de Calatrava, em 1211. Em 1519, Mora recebeu foral atribuído por D. Manuel I.

Do património histórico e monumental, destaca-se a Anta-Capela de S. Dinis, em Pavia, dedicada a S. Dinis, do século XVII, sendo um dos monumentos megalíticos portugueses transformados em local de culto cristão. Neste caso, a câmara foi adaptada a nave da capela. Destaca-se ainda a Igreja Matriz de Pavia, do século XVI, de estilo manuelino, e o Santuário de Nossa Senhora de Brotas que, segundo reza a tradição, teria sido construído em sinal de gratidão pela sobrevivência de uma recém-nascida órfã de mãe. O santuário localiza-se num recinto entre duas elevações e era rodeado de casas para romeiros. Destacam-se azulejos dos séculos XVI e XVIII. A devoção, que remonta ao século XVI, divulgou-se por todo o país no século XVII. 

De salientar também a Torre das Águias, um solar rural, fortificado, de planta quadrada, coroada de merlões recortados, do reinado de D. Manuel.

Tradições

São diversas as manifestações populares e culturais do concelho, sendo de destacar a Festa de Nossa Senhora das Brotas, no mês de agosto; a Feira Anual de Mora, no segundo domingo de setembro; a Prova do Vinho Novo de Cabeção, em janeiro, e a festa em Horna da Nossa Senhora de Fátima, na Malarranha, no terceiro fim de semana de Agosto.

Instalações Culturais

Como instalação cultural, destaca-se a Casa-Museu Manuel Ribeiro de Pavia, que foi inaugurada a 16 de Junho de 1984.

Enquanto equipamento cultural, o Centro Cultural de Cabeção reveste-se de um papel importante no que ao desenvolvimento cultural diz respeito. A promoção do encontro intergeracional, através da dinamização de novas vivências é um dos seus objectivos principais.

Em março de 2007, foi inaugurado o Fluviário de Mora, o primeiro museu vivo do género da Europa. Assumindo-se como uma espécie de oceanário de água doce, esta estrutura sugere um passeio entre a nascente de um rio e a sua foz, mostrando, através de uma série de aquários e de exemplares vivos, a biodiversidade e as características de diferentes habitats.

Destaque ainda para o Museu Interativo do Megalitismo, inaugurado a 15 de setembro de 2016,  que integra e reabilita a antiga Estação de Mora, e ainda dois novos edifícios destinados ao núcleo museológico e à área de cafetaria. A estrutura antiga acolhe espaços de lazer para os jovens e crianças, com uma sala de internet e biblioteca, cujo acesso é livre, mais uma sala de atividades com diversos jogos interativos, que, de forma lúdica, alargam o nosso conhecimento.

Como personalidade destaca-se o pintor Manuel Ribeiro Pavia, natural do concelho e considerado o pintor das gentes do Alentejo. Tem no centro da vila de Pavia, no Largo dos Combatentes, a sua Casa-Museu, que permitiu o conhecimento da sua obra, além de ser um testemunho importante sobre esta e o seu povo. O pintor encontra-se sepultado no cemitério da vila e a pedra da campa tem gravado um desenho seu, Planície, homenagem dos seus conterrâneos.

Economia

O setor predominante é o terciário, seguido do primário e, por último, do secundário. Na agricultura, destacam-se os cultivos de cereais para grão, prados temporários e culturas forrageiras, culturas industriais, pousio, olival, prados e pastagens permanentes. A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de bovinos, ovinos e suínos. Praticamente 68% (1286 ha) do seu território encontra-se coberto de floresta, sendo as principais espécies arbóreas a oliveira, a azinheira e o sobreiro.