Mora

Mora situa-se na região Alentejo, sub-região Alentejo Central, pertencendo ao distrito de Évora numa região adjacente à região do Ribatejo. A vila de Mora é sede do município de Mora com 443,95 quilómetros quadrados de área e 4135 habitantes (2021), subdivididos em 4 freguesias (Brotas, Mora, Cabeção e Pavia). O município é limitado a norte pelo município de Ponte de Sôr, a nordeste por Avis, a leste por Sousel, a sudeste por Arraiolos e a oeste por Coruche e conta com 2217 habitantes. Mora recebeu o foral de D. Manuel I no dia 23 de Novembro de 1519.

Esta vila alentejana situa-se em plena charneca decorada com sobreiros. Representa com encanto, a paz e tranquilidade tão característica das terras e, claro, das gentes alentejanas. O natural ou habitante de Mora denomina-se morense.

O nome da vila apareceu pela primeira vez em 1293, num documento chamado “Livro III das Composições”, em referência à herdade “Cabeça de Mora”. O termo “Mora” está relacionado com “altura” ou “parte elevada” e tudo indica que foi o local onde se encontrava esta herdade que a vila foi fixada. O Largo do Calvário é referenciado pelos mais entendidos, sem certezas, como o local de nascimento da vila de Mora. 

O topónimo poderá ter três origens, no entanto a mais coerente provém do nome da herdade onde assentou os seus fundadores – a tal “cabeça de mora” dos documentos do século XIII. Quanto ao vocábulo, esse é latino e significa amora. Porque lá, na tal herdade existiam muita amoreiras. A região era bravia, com muitos animais selvagens. Por aqui vagueavam o urso, o javali, o lobo e outras espécies de animais que sempre procuravam lugares onde facilmente se pudessem esconder e, ao mesmo tempo, abundante da caça miúda. 

Do que não parece haver dúvidas é que a região permaneceu coberta de espessos matagais e florestas com predominância do sobreiro, de grande valor económico para a região. Em Mora existiam, na altura, uma grande quantidade de propriedades que foram distribuídas, em regime de sesmaria, aos moradores com o fim de serem cultivadas. As sesmarias existentes no termo Mora e que os documentos do século XVII nomeiam são as seguintes: Albardas de Baixo, Albardas de Cima, Aduares, Água Boa, Asseiceiras, Barrambana, Caldeira, Caniceira, Castelhanos, Cegos, Furadouro, Gama, Lourenços, cujo nome perdeu para hoje ser só conhecida por sesmarias, ou seja, ao sul da vila e onde está implantado o cemitério; Misericórdia, Meirinhos, Panasca, Parreira, Vale do Homem e Vale de Mora, cujos nomes ainda hoje perduram.

Lenda de Mora

Diz a lenda que no sítio do Cabaço da Mina vive uma princesa moura encantada e que haverá de existir um príncipe que irá desencantar. Mas, ao que parece, a dita princesa está guardada por um toiro azul. Por isso, o príncipe terá que fazer 3 coisas: passar a Ribeira, levar comida e uma moeda. 

Se fosse o príncipe a aproximar-se do toiro dava-lhe de comer e fugia para o outro lado da ribeira, mas não conseguia desencantar a moura. Por outro lado, se fosse o toiro a aproximar-se do príncipe, este teria que bater com a moeda na testa do toiro, gesto que quebraria o encantamento e poderia fugir com a princesa para a outra margem da ribeira.

Conta-se que até hoje ninguém conseguiu quebrar o encantamento, e que o toiro azul ainda guarda a princesa moura no Cabeço da Mina, à espera de um “príncipe” corajoso.  

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